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ARTE REVISTA

Periódico científico da Faculdade Paulista de Artes pretende publicar estudos científicos, ensaios estéticos e resenhas, nas áreas de arte e de literatura, pois, no que entendemos por arte está incluída a literatura, e, por extensão, os estudos sobre as linguagens tanto verbais como não verbais.

O periódico da Faculdade Paulista de Artes, tem por objetivo abranger a grande área do conhecimento de Linguística, Letras e Artes, de acordo com a classificação do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), embora buscando focalizar mais diretamente os estudos sobre as linguagens artísticas e suas relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento, especialmente a educação e a saúde.

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2015

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n. 6 (2015)

n. 6 (2015)

Arte Revista

ARTE REVISTA, periódico científico da Faculdade Paulista de Artes pretende publicar estudos científicos, ensaios estéticos e resenhas, nas áreas de arte e de literatura, pois, no que entendemos por arte está incluída a literatura, e, por extensão, os estudos sobre as linguagens tanto verbais como não verbais. Desse modo, o periódico da Faculdade Paulista de Artes abrangeria a grande área do conhecimento de Linguística, Letras e Artes, de acordo com a classificação do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), embora buscando focalizar mais diretamente os estudos sobre as linguagens artísticas e suas relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento, especialmente a educação e a saúde.

 

Neste número, a ARTE REVISTA tem orgulho de apresentar uma preciosa entrevista que Dr. Eduardo Etzel concedeu à Profa. Dra. Vera Toledo Piza, que lhe enviou um questionário quando se preparava para seu mestrado, com a dissertação A arte sacra popular do Vale do Paraíba na virada dos séculos XIX e XX: os santeiros e a imaginária. Dr. Etzel enviou as respostas manuscritas e esse diálogo via correio é publicado na seção “Entrevistas” desta edição.

 

A arte e a ciência têm convivido através dos séculos como formas distintas de produção de conhecimento. Enquanto a ciência exige controle da experimentação e da observação, rigor metodológico e à obediência a normas e paradigmas rígidos, a arte contemporânea inova e busca permanentemente a ruptura dos padrões estabelecidos.

 

Estes dois campos do conhecimento, arte e ciência, contudo, podem e devem colaborar e enriquecer-se mutuamente. Isto já ocorreu em períodos anteriores da história. Pode-se destacar o Renascimento e os trabalhos de Leonardo da Vinci que, sendo um artista, muito contribuiu para o conhecimento da Anatomia e da Física.

 

A partir do século XIX, a ciência configurou seus paradigmas, que ainda influenciam a produção e o conhecimento atuais. Um dos aspectos que caracterizam a produção científica é a linguagem que busca a univocidade, ou seja, a maior exatidão possível. O discurso científico procuraria aproximar-se da linguagem matemática. Já a linguagem poética e as linguagens artísticas em geral, buscam o contrário, a riqueza e a pluralidade de significados, o que as enriquece.

 

Como consequência das diferenças nos métodos de produção do conhecimento e de elaboração do discurso, algumas vezes torna-se difícil fazer uma pesquisa científica sobre artes. Mas, nas últimas décadas, temos visto o estudo das artes integrar-se ao ensino superior. Sem sacrificar a identidade da arte, pode-se construir um discurso científico sobre ela, recorrendo às ciências. Surgem por esse caminho os estudos de Psicologia das Artes, Sociologia da Arte e tantos outros, além dos estudos de Estética, que têm por fundamento essa área da Filosofia. De particular interesse são os estudos da Semiologia, a ciência dos processos simbólicos e das linguagens.